quarta-feira, 27 de julho de 2016

O Brasil orgânico do século 21

Não é novidade que, hoje, no mundo e no Brasil, a demanda por produtos orgânicos está em alta. Esse crescimento reflete maior conscientização do consumidor na busca por produtos cada vez mais saudáveis e menos industrializados, que, no processo de produção, minimize o impacto ambiental, que garanta ser seguro, bom para a saúde e que possa ser adotado em programas de prevenção para a saúde. Queremos o futuro em um planeta vivo, orgânico e saudável para se viver.
A história dos orgânicos é recente: começa no início do século 20, mas foi apenas a partir de 2001 que os grandes mercados - Estados Unidos e Europa - preocuparam-se em regulamentar, criar mecanismos de controle para garantia da qualidade e da credibilidade junto ao consumidor final. O Brasil também iniciou esse processo em 2003, publicando a Lei no 10.831 sob as asas da agroecologia e da agricultura familiar.


EXTENSÃO GEOGRÁFICA
O Brasil, pela diversidade de sua natureza de produtores e variedade do clima e dos biomas, acabou optando por uma legislação mais inclusiva, diferentemente dos outros países, em que o principal canal de produção acabou se baseando apenas na estrutura tradicional da agricultura e no processamento. A regulamentação foi em 2011, com a criação do selo nacional obrigatório que oferece a credibilidade que o consumidor precisa.


"A regulamentação criou condições para que o mercado global de orgânicos represente perto de US$ 80 bilhões em faturamento."

A regulamentação criou condições para que o mercado global de orgânicos represente perto de US$ 80 bilhões em faturamento. Um valor pequeno, se comparado aos números das grandes corporações do agronegócio e ainda posiciona os orgânicos como um mercado de nicho, mas com as referências de qualidade no processo de compra e os hábitos que os consumidores vêm adotando na busca de produtos com melhor qualidade e mais segurança, os orgânicos passam a ser um mercado mainstream. No varejo, as grandes redes e as mais especializadas de pequeno porte estão em demanda crescente, em especial por produtos frescos, produtos processados e de maior valor agregado.
O Brasil tem um mercado na ordem de R$ 2,5 bilhões, incluindo as exportações, com expectativa de crescimento de 30% a 35% em 2016, importância relativamente tímida, se comparada ao valor global do setor e mais irrelevante em relação ao valor e aos números do agronegócio no País: perto de 23% do PIB Nacional, responsável pelo emprego de 39% da população do País, mais de 39% das exportações, e com apenas 30% das terras utilizadas.

EQUILÍBRIO
Esses números mostram o potencial de crescimento. É importante saber que a estruturação será determinada pela demanda, produção e disponibilidade dos produtos. Segundo dados do Ministério da Agricultura, em novembro de 2015, estavam registrados 11.478 produtores orgânicos, sendo a região Sul o maior adensamento - 36% do total; seguida pelas regiões Nordeste (32%) e Sudeste (21%). No ranking, em primeiro lugar, está o Rio Grande do Sul, com 1.598 produtores orgânicos, seguido por Paraná e São Paulo, com 1.561 e 1.290 produtores, respectivamente.

No varejo, os produtos orgânicos estão em praticamente todas as grandes redes de supermercados, além do aumento contínuo do número de feiras orgânicas, que já são mais de 600 acontecendo semanalmente em todas as regiões do Brasil.
O desafio do setor é estar estruturado para ter produtos, em todos os segmentos de alimentos e bebidas, para atender a essa demanda. Podemos prever que deve acontecer no Brasil o mesmo no desenvolvimento do setor nos Estados Unidos e na Europa, onde as grandes empresas acabaram se adaptando para ter linhas orgânicas de produtos.
Em termos de empreendedorismo, atualmente, temos poucas empresas com faturamento na ordem de dezenas de milhões de dólares e nenhuma ainda na casa das centenas. Enquanto nos Estados Unidos, há empresas com faturamento na casa do bilhão de dólares.
Acredito que o Brasil esteja no início desse processo, com a estruturação de uma ordem de trabalho estabelecida em cadeias: primária, com a pulverização de pequenos e de microprodutores, agroecológicos e da agricultura familiar; e na secundária, com empreendedores pequenos e inovadores até as grandes processadoras e indústrias que enxergam nos orgânicos uma alternativa comercial viável; e na terciária, com serviços que contribuam na mudança de comportamento do consumidor.

CONSUMO
Para o futuro, podemos prever a mudança de parâmetros dos consumidores, em que o preço nem sempre será decisivo, apesar do cenário econômico não muito positivo para os próximos anos. Esperamos que, cada vez mais, a racionalidade e o bom senso sejam decisivos na busca de produtos mais éticos, seguros e saudáveis.

Assumindo uma posição assertiva, foi criado o Conselho Nacional da Produção Orgânica e Sustentável (Organis), que construirá uma plataforma de negócios para unir integrantes de uma cadeia produtiva e representar legitimamente produtores, processadores, empresas e empreendedores brasileiros da cadeia de produção orgânica e sustentável.
É um novo desafio para um país como o Brasil: orgânico por natureza e com a maior biodiversidade do planeta.

Autor: Ming Liu

IMIGRANTES ILEGAIS #ATUALIDADES

A crise humanitária que assola a Europa se tornou um tema recorrente nos noticiários mundiais. Cenas de pessoas sendo resgatadas do mar, corpos de mortos nas praias da costa da Itália, filas de refugiados que ocupam centros de triagem na França e na Alemanha, são constantes e sensibilizam pessoas em todo o planeta. A foto do corpo de Aylan Kurdi numa praia turca, o menino sírio-curdo de 3 anos morto durante a tentativa de sua família de chegar à Grécia, ganhou o mundo e tornou- se um símbolo daquela que é a maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial.
Diariamente, milhares de migrantes, vindos de países do continente africano, da Síria, do Leste Europeu tentam chegar e ingressar nos países da Europa, em busca de segurança, trabalho e dignidade. A viagem é feita em condições extremamente perigosas, e muitos já perderam a vida nos frequentes naufrágios. No entanto, todos os dias, chegam mais pessoas, que se submetem a travessias em condições desumanas e extremamente perigosas, correndo o risco de morrer no caminho, e lançam-se em fuga desesperada em busca de uma vida melhor.

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CUBA NA ATUALIDADE

Quem se interessa pelo único país americano ainda SOCIALISTA  e seu período de transição não pode deixar de ler.

http://conhecimentopratico.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/65/artigo368178-1.asp